Sequelas emocionais de um relacionamento abusivo

Entenda que viver em uma relação abusiva pode causar um trauma que merece atenção como qualquer outro!

Sequelas psicológicas. Quando falamos em sequelas psicológicas, as principais são:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Transtorno de estresse pós-traumático;
  • Transtornos alimentares;
  • Crises de pânico; 
  • Distúrbios do sono;
  • Abuso de substâncias como álcool e remédios;
  • Pensamentos suicidas.

O Transtorno de estresse pós-traumático, por exemplo, costuma estar associado aos elevados níveis de estresse vivenciados pela pessoa em situação de violência doméstica. Com isso, o corpo passa a estar permanentemente em estado de alerta, o que impede a pessoa de entrar em um modo de relaxamento, já que ela está sempre se preparando para lidar com algum perigo ou ameaça. 

Já os transtornos alimentares também são comuns e não estão ligados apenas a fatores estéticos e de autoimagem. Eles podem, na verdade, ser manifestação de uma consciência de autoagressão: por se sentir culpada pelo comportamento do abusador, a vítima entende que deve ser punida e passa a se privar de alimentação, sono, etc. 

Sequelas físicas. Em relação as sequelas físicas, uma pessoa vítima de uma relação tóxica também pode adoecer fisicamente. São comuns relatos de dores crônicas, alterações hormonais, baixa imunidade, problemas gastrointestinais e até mesmo dores musculares e articulares.

A Dra. Naira Scartezzini Senna explica: 

“Dores musculares, articulares e alterações posturais podem surgir como uma resposta à posição de vergonha e de intimidação na qual a vítima está. Com o intuito de se esconder, ela passa a andar com a coluna cada vez mais curvada, com os ombros cada vez mais caídos. Essa situação de estresse intenso causado no corpo por repetidas agressões vai somatizar outros órgãos também. Essa somatização é real, e está relacionada ao que a vítima escuta, vive e revive todos os dias.”  

Sequelas sexuais. As sequelas sexuais, aparecem como distúrbios sexuais como contrações involuntárias da musculatura pélvica e baixa lubrificação, que dificultam a penetração, que podem ser consequências do trauma de um relacionamento abusivo, mesmo que não tenha ocorrido violência sexual.

Às vezes, a pressão causada pelo abusador sobre a estética e o corpo da vítima, a forma como o sexo era compreendido dentro da relação, a interpretação do sexo como uma moeda de troca ou como uma obrigação podem causar gatilhos que resultam nesses entraves sexuais.

Estas sequelas, não só causam consequências na vida intima da pessoa em situação de violência, podendo ocasionar consequências no desempenho do trabalho e também nos estudos, gerando sequelas até mesmo permanentes na vida da vítima, não só sobre seu estado físico e emocional, mas também no social!

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