Gravidez na Adolescência

Um dos maiores tabus enfrentados pelas mulheres é a gravidez na adolescência. Via de regra, as meninas que engravidam antes dos 18 anos, são vistas com um olhar preconceituoso da sociedade, sendo muitas vezes taxadas como irresponsáveis e outros estereótipos ruins, o que nada condiz com a realidade.
Os meninos que se “tornam pai” na adolescência, por sua vez, sequer são cobrados ou rechaçados. Ora, por que isso acontece se o “erro” que gerou a gravidez indesejada foi de ambos?
Ou melhor, quem de fato é o responsável? E quem disse que a gravidez na adolescência sempre é indesejada?
Primeiramente, existem vários fatores a serem analisados. Um deles, seria o preconceito que a própria sociedade imputa ao optar por não falar sobre prevenção de gravidez ou de doenças sexualmente transmissíveis.
Isto é, a ausência de educação sexual é, em grande parte, a culpada pelo alto índice de gravidez na adolescência, que é indejada, e, certamente, pelo TABU que cerca esse assunto.
Todo TABU reflete um atraso na evolução da sociedade e todas as mulheres ou pessoas consideradas como minorias, sofrem demais com isso.
Muitas pessoas não têm abertura com a família para tratar do assunto e, consequentemente, não têm as informações necessárias sobre prevenção e as consequências de cada ato.
Para quem possui um pouco mais de conhecimento sabe que, até hoje, não existe um contraceptivo 100% eficaz que impeça a gravidez, e convenhamos que ninguém deve ser privado de sua vida sexual por medo ou por selibato impostos por denominações ultrapassadas, principalmente às meninas.
Lembrando que, em quase 80% dos casos, a mulher é quem fica com a guarda da criança, enquanto o pai, que paga pensão, está isento da responsabilidade que é educar e cuidar de uma criança diariamente, assumindo seu papel de pai aos finais de semana, a cada 15 dias.
Importante ainda dizer que não podemos julgar as mulheres que engravidam na adolescência, já que evidente o peso cultural, estrutural e retrógrado quando o assunto é a sexualidade feminina. Denominar as adolescentes como “casos perdidos” é mais um tipo de preconceito ridículo que a mulher sofre diariamente.
Apesar de todas as dificuldades vivifaas, quase sempre, as mães responsáveis pelo filho, as mães solo, as mães trabalhadoras, as mães donas de casa, na maioria das vezes, é quem consegue criar a criança sozinha.
Mulheres podem fazer tudo, mulheres são capazes de tudo!

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